Como lidar com pessoas que têm borderline?
O nome pode até pode ser estranho, mas o transtorno é comum e muitos de nós precisamos lidar com pessoas que têm borderline no nosso dia a dia.
Também conhecido como transtorno de personalidade limítrofe, ou TPB, ele faz com que o paciente vá da alegria à tristeza, da euforia à raiva em um instante.
A doença é considerada uma das mais prejudiciais, porque provoca na pessoa emoções exaltadas e comportamentos impulsivos, o que acaba comprometendo a convivência com familiares e amigos.
Quer aprender como você pode ajudar e lidar com pessoas que têm borderline? Confira algumas orientações que preparei para você nesse artigo.
ÍNDICE DE CONTEÚDO
O que é transtorno de borderline?
Esse transtorno é caracterizado por um padrão de comportamento marcado pela impulsividade, intensidade e instabilidade emocional.
Geralmente, uma pessoa com TPB apresenta os seguintes sinais:
- sentimentos negativos como raiva, medo e vergonha de forma exagerada,
- dificuldades em controlar as emoções, chora ou se mostra eufórica facilmente,
- muda de opinião sobre o comportamento próprio e dos outros rapidamente,
- joga, se alimenta e gasta de forma exagerada,
- sente uma enorme sensação de vazio,
- nutre sentimento de inferioridade,
- tem um sentimento intenso de rejeição,
- faz uso abusivo de drogas, bebidas etc.,
- tem dificuldades com críticas.
Indivíduos que têm borderline trazem dentro de si um enorme medo do abandono daqueles por quem têm apreço, e, quando percebem que estão correndo esse risco, fazem ameaças e chegam a tentativas de suicídio, às vezes até concluindo o ato.
Como detalhe, apontamos que um estudo publicado no US National Library of Medicine indica que 40% das pessoas que sofrem desse transtorno são diagnosticadas erroneamente, sendo consideradas bipolares pelas semelhanças de sintomas entre as doenças.
Como lidar com pessoas que têm borderline?
Conviver com alguém que vai de um extremo a outro em um instante não é uma tarefa fácil.
Primeiro, tenha em mente que ninguém passa por um transtorno mental porque deseja, por isso, aprenda a se controlar para não reagir diante dos chamados comportamentos disfuncionais.
Algumas dicas para lidar com pessoas que têm borderline são:
Paciência
Em qualquer situação, seja ela de impulsividade ou mudança repentina de humor e comportamento, lembre-se que é a reação de um paciente que sofre de transtornos relacionados à saúde mental.
Use sempre a compreensão naquele momento, seja afetuoso e paciente.
Cuidado e clareza nas palavras
Uma forma de lidar com pessoas que têm borderline é ter cuidado com as palavras usadas nas conversas.
Cada vez que for falar com alguém que tenha esse transtorno, lembre-se que uma palavra ou expressão que para nós soa normal, para ela pode ter um efeito diferente.
Use a empatia e fale de forma clara e objetiva, seja respeitoso e amoroso, evitando termos ou exemplos que possam aflorar emoções intensas nela.
Incentive-a a fazer terapia
Uma forma de ajudar é orientar e incentivar a pessoa com TPB a fazer terapias com psicólogo ou psiquiatra.
Em especial, a psicoterapia vai auxiliar na compreensão e mudança de comportamento, bem como no controle das emoções e reações do paciente.
Tudo tem limites
Por mais que você ame a pessoa que sofre desse transtorno e queira ajudá-la, isso não pode prejudicar a sua vida, por isso, aprenda a impor limites.
Por exemplo: um amigo que sofre desse mal liga constantemente durante o seu expediente e isso atrapalha as suas atividades.
Preferencialmente, escolha uma hora em que vocês estejam conversando pessoalmente, que ele esteja calmo, e peça para que as ligações não sejam feitas durante esse horário.
Compreensão, afeto e limites
Como se pode observar, a compreensão da doença, a empatia, afeto e paciência são os pilares para uma boa convivência com pacientes que sofrem de TPB, e, claro, tudo dentro de um limite.
Agora que você sabe como lidar e conviver melhor com pessoas que têm borderline, que tal continuar a leitura e conferir nossas dicas para manter a saúde mental na quarentena?
A orientação é muito boa.Obrigado
Fico muito feliz, Reginaldo!