Se você chegou neste artigo interessado em saber como ajudar uma pessoa com depressão, certamente está enfrentando um grande desafio.
Este conteúdo é para lhe ajudar a fazer isso, promovendo saúde tanto para a pessoa que está sofrendo de depressão como para você mesmo e os demais que o rodeiam.
Vamos apresentar como você deve agir e os principais erros de quem sinceramente quer ajudar, mas acaba fazendo o deprimido se sentir ainda pior.
ÍNDICE DE CONTEÚDO
Antes de nos aprofundarmos no assunto, me siga lá no Instagram e receba inspiração diária para superar a ansiedade e depressão, e (re)conquistar seu bem-estar! Vai ser um prazer bater um papo com você! 😉
Agora vamos ao conteúdo...
Imagino que você soube que um familiar, um amigo ou conhecido que você ama está enfrentando um período difícil.
Você e as pessoas próximas perceberam alguns sintomas. Coisas como “ele não sai da cama”, fica em casa o dia todo assistindo TV, não se sente mais motivado a fazer o que antes gostava, se tornou “chato”, sempre está cansado e irritado.
Então, alguém diz: talvez ele (ou ela) esteja com depressão.
Vamos começar com as boas atitudes que você pode ter em relação a isso.
Pode parecer óbvio, mas muitas pessoas querem saber como ajudar uma pessoa com depressão, sem nem mesmo saber o que é depressão.
Informação é um dos pilares para a recuperação da doença e você poderá ajudar muito mais se conhecer exatamente o que ela é.
Leia sobre o assunto.
Recomendo fortemente o nosso artigo (bem completo) chamado “O que é depressão?”.
Já será um grande passo para ajudar quem você ama.
Esta é uma das situações mais difíceis para o deprimido: todos querem consertá-lo, vão logo dizendo a “receita”, com palavras “motivadoras”, mostrando o que ele tem que fazer.
Nada mais insensível.
As pessoas hoje em dia têm pouca paciência para ouvir. Ouvir um deprimido, então, nem se fala!
Mas sem paciência você não obterá muito sucesso!
Sente com a pessoa e, se ela se sentir à vontade para iniciar uma conversa, dê tempo para ela falar. Deixe ela desabafar sua dor.
Depois disso, deixe ela falar um pouco mais.
Em seguida, pergunte rapidamente algo e ouça ainda mais.
Isso é muito terapêutico para a pessoa. Você estará ajudando-a a colocar sua mente em ordem simplesmente deixando-a falar.
O velho ditado já dizia que temos 2 ouvidos e 1 boca só por um motivo: saiba ouvir mais e falar menos.
O deprimido (e todas as demais pessoas) agradecem. 😉
A depressão pode ter sido causada por diversos fatores, mas é incrível como a maioria das pessoas acha que o culpado da depressão é o próprio deprimido.
Há muitas causas da doença, por isso, não entre no mérito da questão de “culpados”.
O deprimido até pode ter tido atitudes ao longo da vida que contribuíram para o seu estado depressivo – com rancor e a amargura, por exemplo. Em todo caso não é problema nosso!
Se você quer ajudá-lo de verdade, seja um bom companheiro de viagem em direção à cura. Não é possível ser companheiro de um rígido juiz – ainda mais estando deprimido. Então seja agradável, não o julgue, deixe-o encontrar seu caminho por si só.
Fazendo assim, você deixará o deprimido amadurecer e a depressão terá sido uma forma muito benéfica de desenvolvimento pessoal quando ele sair dela.
Como comentei acima, esteja presente como um bom companheiro de viagem em direção à cura do deprimido.
Deixe-o fazer parte de sua vida, convide-o para jantar eventualmente, faça visitas amigáveis.
Ele pode aceitar – ou não – seus convites, não fique chateado com isso! Saiba que ainda que não queira sair com você eventualmente, ele terá certeza que você se importa com sua vida e não apenas com sua doença!
Ajudar alguém com depressão não é tarefa fácil, mas é gratificante em todos os sentidos.
No entanto, antes de cuidar do amigo ou familiar deprimido (ou mesmo de si mesmo), pergunte-se se você também está em dia com o seu equilíbrio mental.
Motivos para isso não faltam, mas vamos ao principal: você precisa estar em ordem para que as pessoas sintam a verdade em suas palavras e atitudes.
Além disso, a carga emocional envolvida ao lidar com alguém deprimido é enorme. Se você não está com as emoções balanceadas, como poderá ajudar alguém efetivamente? Pense nisso!
Uma das principais razões que nos motiva a ajudar alguém com depressão é a afinidade. O carinho que nutrimos pela pessoa, certo?!
É importante que a doença não seja um divisor de águas quando ela mais precisa de você, que as batalhas dela continuem sendo travadas na sua companhia.
Como um complemento ao que eu já vinha falando, sem julgamentos, com apoio e a compreensão efetiva dos sintomas da depressão, além de estar lá pelo ente querido, você também será um companheiro e tanto nessa jornada!
Um santo remédio contra a depressão é saber que não estamos sozinhos. Esteja, então, com ele — e por ele — em todos os momentos.
Falamos, até o momento, de atitudes e palavras que fazem a diferença de maneira positiva no tratamento contra a depressão. Mas que tal prestarmos atenção em gestos que não caem tão bem quanto imaginamos?
Nem sempre as boas intenções são suficientes para ajudar alguém com depressão. Prova disso é que, com pouca compreensão sobre o assunto, achamos que apontar o “gramado do vizinho menos verde do que o seu” garante motivação à pessoa.
Ledo engano.
Muitas vezes, a depressão nos deixa de cabeça tão baixa que não adianta buscar perspectivas muito à frente.
Passo a passo, respeitando a pessoa com depressão, conseguimos avaliar melhor a situação, sem envolver as dores alheias como remédio contra a doença.
A vida não é justa, você já deve ter dito em algum ponto da vida, seja para si mesmo ou para os outros.
E, de fato, ela não parece ser muitas vezes.
Mas no tratamento da depressão apontar o dedo para culpados que agem como terceiros não tende a melhorar ou atenuar os sintomas da depressão.
Sabe o que ajuda? Identificar e analisar as verdadeiras causas que guiaram a pessoa à depressão.
A partir dela, ou delas, encontrar as saídas para que esses motivos deixem de causar insônia, apatia, tristeza e incompreensão à pessoa.
Ninguém gosta de ser encurralado e a pessoa deprimida se sente constantemente assim. Mas sabe o que não ajuda, nessas situações? Encurralá-la ainda mais.
Como já disse, anteriormente, dedique-se a ouvir, compreender e ouvir um pouco mais a pessoa.
Pressioná-la contra a parede para minimizar a sua dor, sua tristeza e sua falta de interesse em realizar as tarefas cotidianas não é apenas contraprodutivo com o tratamento, como também faz mal à pessoa.
Ela não consegue sair da cama? Entenda os motivos, Não sente fome? Sente-se junto a ela, sem armas, e conversem desapressadamente.
Depressão é grave, mas mais grave ainda é tratá-la com desdém.
Se a pessoa acredita estar em um beco sem saída, não a encoraje a encarar o muro à frente como o fim da linha. Apresente outras saídas — simplesmente porque elas existem!
Uma pessoa deprimida já possui certezas negativas demais para ser levada a acreditar em mais argumentos extremos. Há felicidade nas incertezas da vida e você pode mostrar isso a ela.
Dia a dia trabalhem o desafio de passar por uma nova manhã com disposição para encarar o desconhecido e não a apatia em pressupor certezas que ninguém possui.
Por fim, não acredite que a depressão é o fim da linha. É apenas um desvio sobre o qual vocês contornarão, juntos, para retomar o caminho anterior à doença.
Causos, histórias e comparações são sempre bem-vindas para elucidar um argumento, mas não faça da vida da pessoa que você quer ajudar um paralelo com a sua própria.
No calor precipitado do momento em querer ajudar, você pode se ver usando a sua própria vida, continuamente, para mostrar como você saiu de determinada situação, resolveu problemas e conquistou diante de adversidades.
Para você, são vitórias. Para o seu ouvinte, já deprimido, o efeito pode ser o oposto.
Já disse, neste mesmo texto, que devemos ser mais ouvintes do que oradores ao ajudar alguém com depressão. Deixe que ele se abra e não aproveite o momento para desabafar.
Você sabe onde está embarcando ao decidir ajudar o ente querido com depressão?
Se sim, saiba que a jornada pode ser mais longa do que você imaginava, com mais recaídas do que você gostaria e com mais desafios do que você calculou.
Isso significa que, da mesma maneira que você não pode desencorajar nunca a pessoa deprimida, você também não pode ser desencorajado.
Você decidiu ajudá-lo e deixá-lo no meio do caminho com as próprias incertezas e inseguranças é um grande retrocesso.
Espero que essa cartilha detalhada sobre como ajudar uma pessoa com depressão seja um excelente ponto de partida para que cada ação tomada seja a mais correta possível — seja para você se ajudar ou ajudar os outros.
Lembre-se que não há nada mais importante, para as pessoas com depressão, do que saber que elas não estão sozinhas
E elas nunca estarão, enquanto houverem pessoas dispostas a lutarem por elas e, acredite, todo o esforço vale a pena, dos menores esboços de sorriso à felicidade plena de volta à rotina da pessoa!
Fiquem bem!
Estou precisando de leituras sobre a depressão e a espiritualidade. Como podem me ajudar?
Olá Maria! Perdão pela demora na resposta. Recomendo o livro “Eclipse da Alma” do Psicólogo Dr. Antonio Maspoli. Vc deve achá-lo no site de sebo online “Estante virtual”.
Gostei muito dos textos e dicas de vcs sobre depressão…pois meu filho de 15 anos…está passando por um essa doença…já foi medicado e fará terapia …ele já chegou ao ponto de se cortar…então estou buscando todas as informações que posso para entender essa doença é poder ajudá-lo…um momento muito difícil pra mim…pois sei que tenho que ser forte para poder ajudá-lo…mas tem hrs que parece que vou desmoronar…gostaria da ajuda de vcs…Obrigada
Olá Sandra! Querida, sabemos que é difícil. Já considerou VOCÊ fazer uma terapia? Ela irá te ajudar a lidar com as demandas emocionais de ter um filho com depressão. Se cuide, pois você precisa estar bem para poder ajudar seu filho. Um forte abraço!
Gostei muito do texto e das dicas. Atualmente tenho amigos que passam por isso, muitas vezes não sei como lidar, o que fazer, se estar mandando mensagem irei encher o saco ou chatea-lo. Mas com essas dicas ajudou muito e com certeza não irei desistir de ve-lo bem.
Que bacana, Fe!!! 🙂