Vioxx e o caso polêmico do antiinflamatório da Merck (Rofecoxib)
Vioxx é a marca comercial do medicamento antiinflamatório Rofecoxib, que foi retirado de circulação em 2004 por comprovarem que seu uso por mais de 18 meses dobraria os riscos de infartos e derrames cerebrais.
Ainda que o risco de sofrer os letais efeitos colaterais desaparecessem após um mês da interrupção do uso do Vioxx, a Merck enfrentou diversos processos no mundo todo.
Linda Lévesque, principal autora da pesquisa comenta:
Um quarto das pessoas do nosso estudo sofreu infarto do miocárdio (…) duas semanas da primeira ingestão de Vioxx.
Veja a história contada pelo Wikipédia aqui.
ÍNDICE DE CONTEÚDO
A história do Vioxx (Rofecoxib)
Aprovado nos EUA pela FDA em maio de 1999, o medicamento foi lançado no mesmo ano sob a denominação comercial Vioxx, chegou a ser considerado um dos remédios mais eficazes contra a artrite e pretendia combater a dor sem os efeitos colaterais conhecidos, entre eles as úlceras e os sangramentos gastrointestinais.
Em pouco tempo, passou a ser receitado para vários tipos de dor, e entre 1999 e 2004, alcançou 84 milhões de usuários. Em alguns países, inclusive no Brasil, o Vioxx liderou a lista dos antiinflamatórios mais vendidos.
Somente no ano de 2003, as vendas do medicamento somaram o equivalente a 2,5 bilhões de dólares em todo o mundo.
Em 2004 estudo comprova riscos de infartos e derrames
Porém, em 2004, um estudo da fabricante apontou que o consumo diário de 25 miligramas do remédio por dezoito meses consecutivos dobraria os riscos de infartos e derrames e em setembro daquele ano o medicamento foi retirado de mercado.
Em 2006, um estudo encomendado pelo órgão de saúde dos Estados Unidos indicou que o medicamento pode ter causado até 140 mil ocorrências de doenças coronárias naquele país desde 1999.
No dia em que a Merck determinou a retirada de seu medicamento do mercado, as ações do laboratório caíram 27%. Somente em 2007, a Merck pagou 4,85 bilhões de dólares em indenizações relacionadas a 50 mil processos judiciais. Em 2010, foi cobrada em mais 950 milhões de dólares pelas investigações do governo norte-americano.
O antiinflamatório Vioxx, do grupo farmacêutico americano Merck, pode provocar ataques cardíacos antes do que se pensava, revela um estudo realizado pela Universidade canadense McGill.
Segundo este relatório, publicado na última edição do periódico da Associação Médica Canadense, em 25% dos pacientes que sofreram uma crise cardíaca durante o tratamento com Vioxx isso aconteceu ao longo das duas primeiras semanas de consumo do remédio.
O antiinflamatório foi retirado do mercado em setembro de 2004, depois que o laboratório Merck divulgou um estudo interno mostrando que o Vioxx duplicava as chances de se ter um acidente cardíaco após 18 meses de tratamento.
O que a história do Vioxx tem a ver com saúde mental?
Considerei interessante contar esta história porque apesar da medicação não ter relação direta com a área da saúde mental, o caso do Vioxx é importante para nos alertar acerca da automedicação e do uso indiscriminado de medicamentos antidepressivos que são usados nos tratamentos dos transtornos mentais.
Todo medicamento é uma droga criada sinteticamente que apesar de visar um determinado fim benéfico para o paciente, sempre gera efeitos colaterais.
Cuidado também com medicamentos ditos “naturais”. Por serem “naturais” não significa que estão isentos de efeitos colaterais.
Por esse motivo, um médico psiquiatra é o único profissional capaz de diagnosticar um transtorno e receitar um medicamento que seja adequado para o paciente.
Então se cuide, e fique em paz!